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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ser simples não é tão simples! (parte 2)

Cá estou eu novamente para falar de simplicidade! Se falar é dificil, imagina agir. É sobre isso que vou escrever hoje, será necessário dar uma mexidinha em coisas que normalmente não observamos ou não damos a devida atenção: a nossa soberba de cada dia!

Hoje mesmo eu me deparei com uma situação um tanto complicada ao me perceber quando lia Lucas 11. A partir do verso 37 é contada a história de um fariseu (segundo o dicionário: Membro de uma seita de judeus que ostentava grande santidade exterior na sua vida) que convidou Jesus para comer na casa dele. Os fariseus tinham o costume de se lavar antes das refeições, e o fariseu admirou-se de Jesus, o que ensinava nas sinagogas, não ter se lavado. Jesus sabiamente aproveitou essa oportunidade para ensinar ao povo sobre a simplicidade (sem ornatos nem enfeites).

“O Senhor, porém, lhe disse: Vós fariseus, limpais o exterior do corpo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.” (Lucas 11:39) “Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudadações nas praças. Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber!” (Lucas 11:42-44)

Quando lemos textos como esse geralmente pensamos: que povo mais ridículo, esses fariseus, que ficavam o tempo todo querendo ser vistos como as autoridades máximas, e que gostavam de julgar os outros... e por aí vai. Mas agora eu sugiro algo um pouco diferente. Não sejamos fariseus julgando os fariseus! É isso mesmo o que vocês estão lendo! Vamos tentar ser diferentes deles agora e perceber as nossas mazelas. É, se prestarmos atenção, somos iguais a eles, quer ver?! Vamos lá, isso foi difícil pra mim também, mas a gente aguenta.

O que os fariseus queriam? A primeira cadeira nas sinagogas. Essa cadeira significa autoridade máxima, todo mundo tem que te respeitar porque você senta nela. E as saudações nas praças, em público, quem não quer? Nós trabalhamos muito para sermos reconhecidos pelo que fazemos, mas será que estamos trabalhando para sermos conhecidos pelo que realmente somos?! Vou deixar claro, que querer “subir na vida” não é uma má coisa, na verdade é ótimo! O grande problema é o sermos como sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem saber, é limparmos o exterior mantendo o interior em estado de putrefação. Jesus não condenou o fato de eles agirem bem publicamente, mas sim o fato de esconderem o que se passa no seu interior, e se importarem mais com o conceito que as pessoas tem a respeito deles do que em manifestar a justiça e o amor através de atos sinceros. Eles ocultavam das pessoas as suas próprias suas mazelas para serem vistos como melhores do que elas.

E Jesus seguiu mais adiante revelando também as verdades sobre os intérpretes da lei. “Mas ele respondeu: Ai de vós também, intérpretes da lei! Porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos nem com um dedo os tocais.” (Lucas 11:46) “Ai de vós, interpretes da lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando.” (Lucas 11:52) Esses homens, apesar de diferentes dos fariseus, cairam no mesmo erro, de cobrar dos outros a perfeição, o inatingível, sem contudo, servir de exemplo para eles. É muito fácil mandar as pessoas fazerem coisas, e seguirem regras, o dificil é nos submetermos a mesma severidade que impomos aos outros. Quando somos simples reconhecemos nossas fraquezas, e através das nossas, compreendemos as fraquezas das outras pessoas.

Jesus, o mestre, poderia muito bem exigir de nós a perfeição porque ele mesmo foi perfeito. Mas não, ele é para nós exemplo a seguir e quer de nós apenas simplicidade, para que através dela reconheçamos quem somos e nos responsabilizemos por quem nos tornaremos! Ele disse: “A que, pois, compararei os homens da presente geração, e a que são eles semelhantes? São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes. Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o Filho do homem, comendo e bebendo e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!” (Lucas 7:31-34)

As pessoas criam muitas expectativas a nosso respeito, tanto quanto criamos a respeito delas. Nós somos assim e precisamos reconhecer isso para fazer diferente. A nossa tendência é exigir muito das pessoas e nos esforçarmos para ser aquilo que achamos que elas querem de nós. Mas a simplicidade vem contra todos esses conceitos! Requer esforço para nos colocarmos do lugar do outro, esforço para reconhecermos quem realmente somos (qualidades e defeitos), esforço para não ceder diante das pressões de adequação impostas pela sociedade ou por nós mesmos, esforço para ser o SIMPLISMENTE EU. Mas eu creio de depois de todo este esforço, a satisfação é garantida! Nós fomos criados como seres individuais, apesar de sociais. Somos autênticos, únicos, e com certeza dá muito mais trabalho colocar uma “maquiagem” do que andar “de cara limpa”! Quem tem coragem de mostrar sua cara limpa para os outros? Olha que não é fácil! Principalmente quando temos cicatrizes, marcas e todas essas coisas que as pessoas julgam feias. Eu tenho começado a vê-las como marcas de uma vida!

Nada contra a vaidade feminina. Sou mulher e sei como é legal se maquiar, se arrumar. Mas nós sabemos que uma boa maquiagem é exatamente aquela que enfatiza o que temos de mais bonito, mesmo que não faça desaparecer o que nos é desagradável. Precisamos reconhecer o que há de belo em nós e ressaltar para que o mundo veja, e também nos sentir a vontade para sair e mostrar aquilo que não é tão agradável. Eu suponho que ser escrava de maquiagem não deva ser nada confortável! E aí, quem topa mostrar a cara limpa? Esse negócio de cara limpa me lembrou muitas outras coisas, mas vamos deixar para outro post né! Até breve, se Deus quiser!

sábado, 2 de abril de 2011

Ser simples não é tão simples!

Essa semana li uma frase da Clarice Lispector que me chamou especial atenção “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho”. Apesar do contexto na frase não ter muito a ver com o que vou escrever, pensar nela isoladamente me ajudou a chegar a algumas conclusões a respeito da simplicidade, que é algo sobre o qual eu já venho aprendendo a um bom tempo, e devido ao trabalho que dá mantê-la , acho que tenho que continuar aprendendo sobre ela todos os dias.

Nós vivemos em uma sociedade que valoriza o status, a ostentação, as boas aparências, a preocupação em agradar as pessoas e o afirmar-se no mundo se adequando às tendências. E isso não é de hoje. Desde que o homem se percebe enquanto ser ele tenta mascarar seus defeitos e mostrar apenas aquilo que as outras pessoas julgam bom. Isso fica bem claro no livro de Gênesis quando Adão e Eva pecaram e perceberam que estavam nus, o que não acontecia antes de eles terem desobedecido; resolvem mascarar sua nudez com folhas e se escondem de Deus.

Se olharmos no dicionário, uma das definições de simples é: sem ornatos nem enfeites. Por isso concordo com a Clarice quando ela diz que a simplicidade só é conseguida com muito trabalho. Imagine o quão difícil é para nós sermos simplesmente nós mesmos, sem máscaras, sem a intenção de parecer melhores para agradar as pessoas. É um árduo trabalho diário lembrarmos de que somos especiais à nossa maneira, que Deus nos criou e viu que era muito bom, e que as mudanças que acontecem ao longo da nossa vida não devem girar em torno da opinião das outras pessoas a nosso respeito.

Quando Jesus esteve na terra ele por inúmeras vezes nos ensinou a simplicidade, pois sabia da importância de ser simples para ter uma boa vida, tranquila, e livre de pressões e opressões. Vou começar citando a famosa história de Marta de Maria, na qual Marta recebe Jesus em sua casa, e fica de um lado para o outro andando e arrumando milhoes de coisas para servir Jesus e provavelmente causar uma boa impressão, enquanto isso Maria, sua irmã, está lá sentada aos pés de Jesus ouvindo-o falar. Marta, indignada, vai lá reclamar a Jesus porque Maria não a ajuda e a resposta de Jesus é linda: “Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupa com muitas cousas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só cousa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lucas 10:20)

Jesus não estava interessado em quem lhe causava boa impressão, servia as melhores comidas, em estar nas melhores casas e sim em que sua mensagem fosse ouvida. Maria escolheu a melhor parte, porque não se importou se Jesus iria pensar mal dela por não estar ajudando sua irmã nos afazeres. Ela sabia que queria ouvir sobre o Reino de Deus,e ntão assentou-se aos pés de Jesus para ouvir! Ela assumiu seu desejo, e não o negou indo ajudar a irmã para manter as aparências de boa anfitriã. Quantas vezes nós fazemos coisas que não queremos, simplismente para manter boas aparências? Não estou dizendo que devemos fazer tudo o que “der na telha” mas que consigamos ver quem somos, o que queremos, e agir com sinceridade e simplicidade diante das pessoas, não para manter aparências, mas manifestando quem simplismente somos através das nossas ações.

Este é um tema muito extenso, então para que não se torne muito cansativo, vou publicá-lo por etapas. A etapa de hoje fica por aqui para que reflitamos sobre esse aspecto da simplicidade, e segunda-feira refletiremos sobre outros aspectos através de outras histórias vivenciadas por Jesus.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Carta

A cerca de uma semana assisti um filme que impactou minha vida de uma forma que a algum tempo não acontecia. O nome do filme é: Cartas para Deus, e eu recomendo a todos que o assistam!

O filme fala sobre cumprir a missão para a qual fomos chamados, seja ela qual for, por mais simples que pareça. E era exatamente isso que Deus estava ministrando ao meu coração através da bíblia e de muitos amigos que sempre me lembram do meu chamado e da importância de eu seguí-lo. Hoje quero ser como esses meus amigos e lembrá-lo de que você tem um chamado e que precisa lutar para cumprí-lo.

Fomos todos chamados para pregar o evangelho, não importa como, se é através da fala, escrita, teatro, dança, música, obras sociais, oração, dentre tantas outras maneiras... E o tempo para fazer isso é o presente como fica claro em 2Timóteo 4:2-5: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as cousas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”

Assim como Paulo falou a Timóteo em 1Timóteo 4:14: “Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbítero.” Tomei a liberdade de usar essas palavras para a minha vida e para a sua. Não podemos ser negligentes com o dom que Deus nos deu, como é ensinado na parabola dos talentos, mas nossa vida deve ser marcada pelo cumprimento dos propósitos de Deus, para que as pessoas conheçam ao Pai através das nossas obras.

E assim como está escrito em 2Coríntios 3:1-6, sejamos como cartas para Deus: “Começamos, porventura, outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou temos necessidade, como alguns, de cartas de recomendação para vós outros ou de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida lida por todos os homens, estando já manisfestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma cousa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas os espírito vivifica.”

Espero que essas palavras tenham incentivados vocês, assim como incentivaram a mim, a colocar em prática a sua missão, o seu ministério, ou simplismente o “ser testemunho de Cristo nesta terra” como uma carta para Deus, que está disponível para que todos os homens leiam!

sábado, 20 de novembro de 2010

Amados irmãos

Escolhi esse nome como título deste texto baseada numa expressão muito comum usada no meio evangélico para nos referirmos uns aos outros, dizemos: a irmã fulana de tal cozinha muito bem, ou; amada você é uma bênção! Eu, particularmente acho essa uma maneira muito linda e até íntima de se referir a pessoas queridas, mas tenho observado a falsidade e a banalização desses termos atualmente, e de fato isso tem me entristecido muito. E creio que também tem entristecido muito a Deus! Vamos retomar um pouco do que eu já havia compartilhado no texto anterior e acrescentar umas coisas novas que eu aprendi sobre amor e comunhão.

Continuando, com base no que li nas cartas de João, que falam de forma bem clara sobre a importância que Deus dá ao amor e à comunhão entre os irmãos, não falo somente dos irmãos de sangue, mas também dos irmãos da fé. Logo na primeira carta lê-se: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1João 1:7) Ou seja, quando andamos na luz, tudo pode ser visto. A luz realça a beleza que há em nós, mas ao mesmo tempo mostra também as nossa imperfeições. Se andamos na luz não há falsidade em nós, mas apenas a verdade de que todos nós somos igualmente falhos e igualmente preciosos por nossas diferentes qualidades. Por esse motivo, quando andamos na luz temos comunhão uns com os outros, percebemos que apesar de diferentes temos muito em comum e nos respeitamos nas nossas diferenças.

Já no segundo capítulo João escreve: “Ora, sabemos que o temos conecido por isto: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve assim também andar como ele andou.” (1João2:3-6) “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão pemanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.” (1 João 2:9-11)

E continuando, no capítulo 3 ele diz: “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas. Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações; sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista. E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” (1 João 4:10-23)

E nessa linha seguem os próximos capítulos, I João 4, I João 5, e também os livros II João e III João, os quais eu não colocarei nesse texto por questões óbvias, mas quero incentivá-los a pegar uma bíblia e lê-los, ou caso você não tenha uma em mãos acesse uma pela internet, como essa por exemplo: http://www.bibliaonline.com.br/acf/1jo/1.

Não tenho nem muito o que comentar porque os textos são claríssimos! Simplismente não adianta dizermos que somos dessa ou daquela religião, que somos pessoas “muito de Deus”, que conhecemos a bíblia toda, que nunca roubamos ninguém, ou nunca matamos ninguém porque a palavra é clara: “Todo aquele que odeia seu irmão é ASSASSINO” (I João3:15a). Não adianta irmos à igreja todos os domingos e falar mal dos irmãos a semana toda, ou não falar com um ou com outro por causa de intrigas irrelevantes. Amar e viver em comunhão não é nada mais que nossa obrigação.

Como eu já falei em vários textos, o amor não é um sentimento, algo que não podemos controlar, mas é atitude, é uma questão de decisão! É decidir obedecer ao Pai e amar os irmãos. E quem pratica o amor, pratica todos os mandamentos e anda segundo a vontade de Deus. Porque está escrito: “E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouviste desde o princípio, é que andeis nesse amor.” (II João1:6)

Portanto, se somos mesmo pessoas que conhecem a Deus devemos manifestar o amor. Afinal, como apresentaremos Deus às pessoas se nós mesmos não o conhecemos? “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” (I João4:16), “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” (I João 4:12) Não adianta distribuirmos folhetos ou sairmos gritando pelas ruas: Deus é amor! Jesus te ama! Se não manisfestarmos o amor, se não amarmos uns aos outros, essas são palavras soltas ao vento que não farão o menor sentido. “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (I João 3:17)

É... pensam que é fácil conhecer a Deus, ser como Ele... não é não, é preciso amar como Ele ama! Estou vivendo o desafio de amar e de mostrar essas verdades a tantos ‘crentes’ que não tem vivido o propósito de Deus e estão apenas se enganando, sendo meramente religiosos, indo à igreja mas não mantém comunhão com os irmãos nem com o Pai, são homicidas dentro das igrejas! Espero que vocês estejam impactados com a importância do amor assim como eu estou e ajudem a espalhar essa mensagem para muitos que estão nas igrejas sem saber para onde ir porque as trevas lhes cegaram os olhos! Uma ótima semana! Com muito AMOR e COMUNHÂO!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Comunhão

Essa semana voltei a ler o livro de 1João, provavelmente já deve ser a quinta vez que o leio, mas como a palavra de Deus se renova a cada dia e revela o que o Pai quer me ensinar hoje, orei a Deus pedindo que Ele falasse comigo novamente! E como sempre, Ele o fez! Deus é maravilhoso mesmo... não canso de repetir!

No primeiro capítulo do livro está escrito: “O que temos visto e ouvido anunciamos também a voz outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1João 1:3) E continua dizendo: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se disseremos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1João 1:7-9)

Este texto fala de sinceridade e comunhão com Deus e com os irmãos, de andar na luz, onde somos vistos completamente, onde todas as nossas imperfeições aparecem e podem ser vistas por todos, na luz que também realça nossas qualidade epossibilita que todos vejam! É a luz que revela as nossas contradições! É na luz também, que percemos que além de nós, cada pessoa também tem suas contradições, qualidades e defeitos, por isso, quando andamos na luz não nos preocupamos em julgar os outros, porque percebemos que somos todos igualmente imperfeitos.

É possível também observar que andar na luz é uma bênção! Que quando andamos na luz, confessamos os nossos pecados e eles são perdoados, e somos curados.

Ao ler isso, lembrei de um trecho do livro de Jó que diz: “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuia.” (Jó 42:10) Nesse momento Jó pedia a Deus que perdoasse seus amigos pelas falta que tinham cometido contra ele. Era um momento em que Jó estava restaurando sua comunhão com seus amigos, e exatamente nesse momento Deus restituiu tudo o que ele tinha perdido.

Outro texto muito conhecido que fala a respeito da comunhão é o Salmo 133, que diz: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! È como óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” Onde há comunhão, há bênção e vida para sempre! A comunhão espalha-se como cheiro agradável e faz com que sejamos a diferença no mundo individualista no qual vivemos!

Mas por que então, a maioria não vive essa comunhão? Porque para viver em comunhão é necessário renunciar a si mesmo, é necessário se humilhar, é necessário se assumir como ser humano, nem pior, nem melhor que ninguém, é preciso confessar os pecados, e acima de tudo, é preciso ser verdadeiro e não tentar usar máscaras para agradar as pessoas e parecer uma pessoa melhor, mas sim, buscar verdadeiramente ser uma pessoa melhor assumindo quem se é agora! Convido todos a viver esse desafio no qual tenho me aventurado. Quem está preparado para a bênção e vida da comunhão?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

INTIMIDADE

A tempos que não escrevia nada... o blog estava quase às moscas, mas isto tem um justificativa: Eu estou passando por um momento de transição muito importante em que Deus tem me ensinado muitas coisas, mas tudo estava tão conturbado que não tive tempo nem energia para compartilhar no momento, mas agora sinto que é hora de dividir o que tenho aprendido aqui na internet novamente.

Nesse momento retomei a leitura do livro de Jó, que foi o primeiro livro da bíblia que eu li, mesmo antes de receber Jesus, quando eu apenas frequentava a igreja. E como Deus nos surpreende! A cada dia tenho aprendido coisas novas com essa história de extremo sofrimento, temor do Senhor e vitória.

Nos primeiros capítulos vemos Jó, um sujeito irrepreensível e muito abençoado por Deus. E esse mesmo Deus que o abençoou tanto e sabia da sua justa conduta permitiu ao Diabo tocar sua família, seus bens e até a sua saúde. E a pergunta que fica na nossa mente é: Por que?

Essa mesma pergunta Jó se faz durante grande parte do livro, inclusive porque seus amigos não entendem que ele é justo e o acusam de pecado, como se tudo o que ele estava sofrendo fosse consequencia das suas falhas diante de Deus. É aí que está a parte que mais me interessou! Quando Jó estava sendo acusado injustamente, sofria de dores, de pobreza e já dizia que seria melhor nem ter nascido estava acontecendo um fenômeno maravilhoso entre ele e Deus: crescia a intimidade!

Muitas vezes, nós falamos com Deus formalmente, agradecemos por tudo, pedimos o que precisamos, mas escolhemos cada palavra como se precisácemos parecer bons diante de Deus da mesma forma que fazemos com as outras pessoas. Assim Jó fazia, orava, oferecia seus sacrifícios, escolhia muito bem as palavras. Mas quando ele estava passando por esse momento de sofrimento ele percebeu que Deus conhecia sua vida mais do que qualquer um e era soberano, tinha poder para fazer o que quisesse intependente das atitudes de Jó, era soberano para deixá-lo sofrer daquele jeito, mesmo sendo ele um homem justo.

No verso 14 do capítulo 9 do livro de Jó ele diz: “Como, então, lhe poderei eu responder ou escolher as minhas palavras, para argumentar com ele?” Ele começou a falar com Deus tão livremente, que se sentia a vontade para falar de seus sofrimentos e perguntar pra Deus o por que de tudo isso, passou a ter intimidade com Deus, dizer exatamente o que pensava, sem o medo de falar algo inapropriado, e o mais bonito de tudo é que continuava reconhecendo a grandeza de Deus e o respeitando, e em momento nenhum pecou contra Ele.

Assim como Jó, outro homem teve tal intimidade com Deus e foi considerado um homem segundo o coração de Deus. Esse homem foi Davi, que muitas vezes orava a Deus com total liberdade de expressar seus reais sentimentos. É possível vermos isso em vários Salmos, nos quais ele diz para Deus sinceramente como se sente, confessa seus pecados e fala de sua dor a Deus tão abertamente como falaria ao seu melhor amigo.

Será que já não é hora de abandonarmos tantas formalidade e buscarmos tal intimidade com Deus, ou será preciso passarmos por tantos sofrimentos como Jó? Que somente no final do processo descobriu que “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” (Jó 42:5). Jesus morreu naquela cruz exatamente para termos tal liberdade diante de Deus, para chegarmos diante dEle como somos, por isso o véu que separava o povo da presença de Deus se rasgou! Não vamos desperdiçar o sacrifício de Jesus! Aproveitem esse momento, agora!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Presos injustamente por quê?

Ultimamente tenho lido o livro de Atos, que conta um pouco como funcionava a igreja pouco depois da ressureição de Jesus! São muitas coisas maravilhosas, lições incríveis de como Deus se move no meio do seu povo quando este povo de volta para Ele e como existiram e existem pessoas que entregam sua vida por amor do evangelho para que todos possa conhecer o amor de Deus!

Em meio a todas essas lições, uma me chamou atenção especial porque, pra variar, tem tudo a ver com o momento que tenho vivido. O momento em que Paulo e Silas foram presos injustamente e louvarem a Deus dentro do cárcere, com os pés amarrados e depois de serem açoitados.

"E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco.E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.E, levando-os à sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa." (Atos 16:23-34)

Sempre que eu lia esse texto aprendia um pouco mais sobre o quão importante é louvar ao Senhor mesmo em meio a situções difíceis e até injustas que se levantam contra nós, mas hoje tive uma experiêcia um tanto diferente. Fui levada a olhar mais adiante e perceber que toda situação difícil tem uma boa finalidade quando nos dispomos a fazer a vontade de Deus, porque como diz a biblia em Romanos 8:28 "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito".

Naquela prisão existia um carcereiro e sua família que estavam sedentos por conhecer a Deus, e a revelação de Jesus, e essa revelação só poderia acontecer com Paulo e Silas lá, naquela cela, presos injustamente, louvando a Deus, que se moveu de forma sobrenatural, não só para livras seus filhos da prisão, mas também para trazer a revelação ao carcereiro, à sua família e a todos aqueles que estavam presos lá juntamente com eles. Se aquele terremoto acontecesse e Paulo e Silas não estivessem ali certamente aquele carcereiro teria se suicidado,sua esposa se tornaria viuva( as viuvas naquela época sofriam demais, geralmente passavam fome e perdia seus filhos) e só Deus sabe o que seria dos seus filhos. Deus permitiu que Paulo e Silas sofressem para salvar toda uma família e quem sabe quantas pessoas mais, já que esta história foi registrada e até os dias de hoje tem alimentado o meu espírito e o de muitas outras pessoas também. Deus fez tudo isso porque Paulo e Silas se dispuseram, ofereceram suas vidas em favor do evangelho. Quantos de nós estamos dispostos a fazer essa escolha? Estamos dispostos a crer que todo sofrimento tem uma finalidade e passar por ele para cumprir o propósito? Seja esse propósito para nossas vidas ou para a vida do próximo...