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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Compaixão X Pena

É engraçado como costumamos usar essas palavras como sinônimas não é mesmo?! Ultimamente fui levada a pensar sobre a diferença entre esses dois termos, aproveitei para fazer também uma pesquisa no dicionário e encontrei fatos interessantes. De acordo com o dicionário compaixão é: Sentimento benévolo que nos inspira a infelicidade ou o mal alheio; dó; lástima; piedade. Incrível como não vemos a palavra pena como sinônimo não é mesmo?! E a primeira definição de pena é: Punição, castigo imposto por lei a algum crime, delito ou contravenção.
Ao ver tais definições tive certeza de que realmente havia algo errado nas minhas atitudes frente às pessoas! E que as definições que dei a esses dois termos ao pensar sobre eles eram realmente corretas. A primeira vez que pensei sobre o assunto percebi que a pena é egoísta, ela não surge quando pensamos nas necessidades dos outros, mas sim nas nossas, é na realidade uma forma de aliviar a nossa própria consciência por isso ela é definida como castigo e punição, quando sentimos pena é porque achamos que estamos errados, por exemplo: Quando eu dou uma moeda para uma criança no sinal, geralmente a minha atitude é para aliviar minha culpa e dizer, fiz minha boa ação do dia porque, na verdade não estou pensando no bem-estar real dela, mas em me satisfazer por aquele momento, se eu realmente parasse pra pensar no bem-estar dela a encaminharia para uma instituição séria que cuidaria dela e faria minha doação a esta instituição porque isso sim resolveria o problema dessa criança que sofre.
Quando pensei sobre compaixão logo me veio à mente o amor de Deus, um enorme amor que se anula, anula sua vontade para me ajudar na minha necessidade. A compaixão é uma doação e os sentimentos são totalmente voltados para a necessidade do outro. No livro de I João é muito bem retratado esse amor de Deus que devemos seguir, no capítulo 3, verso 16 ele diz: “Nisto conhecemos o amor; que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos.” Essa é a verdadeira compaixão e Deus além de anunciá-la também deu a nós o exemplo enviando seu único filho para morrer por nós sem ser culpado de absolutamente nada do que acontecia conosco já que a morte é conseqüência do pecado como diz o Tiago 1:15 “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Ele não tinha nenhuma obrigação de nos ajudar, nós que tanto o rejeitamos, mas mesmo assim, Ele na sua infinita compaixão agiu com benevolência para conosco e nos deu o exemplo que como agir em relação aos outros e além de tudo deixou todos esses fatos registrados na bíblia para que todos nós pudéssemos saber como agir “Aquele, entretanto que, guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” I João 3:5-6
Às vezes a gente se pergunta, por que certas coisas que fazemos para o bem dos outros param pela metade? Por que nós já não resolvemos problemas como a fome e a miséria gerados pela desigualdade? Talvez seja exatamente porque agimos por pena e não por compaixão. Eu fui pega por essa revelação! Quantas vezes eu me senti satisfeita em ajudar alguém... quantas vezes isso foi alimento para a minha alma... E nós, como igreja de Cristo, quantas vezes temos agido por pena e quando estamos satisfeitos largamos as pessoas famintas? Será que estamos andando assim como Ele andou?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Soberba

Lendo o livro de Jeremias observei algo muito interessante. Desde o capítulo 48 até o 50 Deus promete destruir os povos soberbos, os povos que se gloriavam nos seus atos, que confiavam nas obras de suas mãos e nos seus tesouros. Fiquei me perguntando, por que Deus destrói esses povos, tira deles tudo o que eles têm como vemos em vários versículos desses capítulos quando ele diz: “Pois, porquanto confiaste nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada.” (Jeremias 48:7) ou “E Moabe será destruída, para que não seja povo, porque se engrandeceu contra o Senhor.” (Jeremias 48:42) e ainda “Eis que sou contra ti, ó soberbo, diz o Senhor Deus dos Exércitos, pois o teu dia é chegado, o tempo em que te hei de punir. Então tropeçará o soberbo, e cairá, e ninguém haverá que o levante; e porei fogo às suas cidades, o qual consumirá tudo o que está ao seu redor.” (Jeremias 50:31-32), a pergunta é: qual o motivo de uma ira tão imensa? Já que conhecemos um Deus tão amoroso e misericordioso que enviou seu filho unigênito para que pudéssemos ter nova vida.
Foi a partir dessa pergunta que entendi por que Deus, sendo rico em misericórdia, destrói tudo o que os soberbos possuem de forma que nada lhes reste. Na verdade essa destruição nada tem a ver com a ira de Deus, mas com seu amor “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hebreus 12:6).
A soberba é a total confiança nas coisas que possui e firmar a vida nas coisas que construiu como se fosse auto-suficiente. Isso é bem visível na parábola do filho pródigo, na qual ele abandona o pai confiando que o dinheiro que recebeu era seu por direito e seria suficiente para que ele tivesse uma vida boa independente do pai, mas nós sabemos o fim dessa história... as riquezas são desperdiçadas, os “amigos” desaparecem no momento de desespero e ele volta ao pai envergonhado.
É interessante observarmos dois pontos importantes: primeiro essa herança não foi ganha por mérito dele, não foi porque ele foi um bom filho e mereceu como recompensa pela sua perfeição, mas ele a recebeu por causa da benignidade de seu pai. É exatamente assim que acontece conosco, tudo o que temos é fruto da benignidade e amor do nosso Pai do céu e não por algum mérito nosso, afinal de contas já nascemos em pecado como diz o salmista “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5) e o segundo ponto é que ele só percebe que sua vida só é plena e farta ao lado do pai depois que perde tudo. Eis a resposta dos questionamentos!
Deus não tira tudo de nós quando somos soberbos por ira, vingança ou castigo, mas por amor, para nos ensinar, nos mostrar o quanto somos frágeis e dependentes dEle e o quão bom é descansar à sombra de suas asas. Deus sabe das nossas dificuldades e sabe que só aprendemos a dar valor ao que perdemos, ouvi recentemente uma frase muito interessante: “Ás vezes, colocar um filho pra fora de casa é o maior ato de amor que os pais podem fazer.” É exatamente o princípio que foi aplicado à parábola do filho pródigo e como nós (humanidade) não mudamos nada de lá pra cá esse método continua sendo extremamente eficaz.
Portanto não esqueçamos quem é a nossa fonte como faz o salmista no livro de Salmos 87:7 “Todos os cantores, saltando de júbilo, entoarão: Todas as minhas fontes são em ti.” E que to todos os nossos dons e qualidades foram dados por Ele, o autor da vida, e que se começarmos a dar mais valor à obra que ao autor tudo o que valorizamos nos será tirado, nos será tirado por amor para não perdermos o melhor da vida!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Arrependimento

Ultimamente estive pensando sobre a questão do arrependimento, pensando na sua real dimensão nas nossas vidas e como ele acontece, o que faz com que nos arrependamos dos nossos erros. São inúmeras as questões que me vêm à mente, mas creio que Deus as tem respondido!
É interessante vermos a questão do arrependimento por um ângulo um pouco diferente. Geralmente nossa primeira idéia quando percebemos que há algo errado em nós é: “Que coisa errada o que estou fazendo! Preciso me arrepender e mudar de atitude!” Incrível como a gente sempre coloca o arrependimento antes da mudança de atitude esperando para sermos guiados por esse sentimento. Ora, pensemos bem, as coisas erradas que fazemos sempre nos dão algum prazer, isso não podemos negar! Nós gostamos de fazer coisas proibidas e temos ganhado com coisas ilícitas, nem que seja imediatista. Se o pecado é tão bom como me arrependerei dele? Será que é por isso que mesmo sabendo que não estamos indo pelo caminho certo continuamos a segui-lo?
No livro de Apocalipse, na primeira parte do verso 3 do capítulo 3 eu vi uma frase que me chamou muita atenção: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te.” Nesse momento percebi que o sentimento, o arrependimento vem por último! Mas é tão claro agora! Só posso me arrepender de uma coisa boa se encontro algo melhor! Nesse caso, só me arrependerei dos meus caminhos errados depois de lembrar-me do que tenho recebido e ouvido de Deus que é o melhor, e depois de lembra-me devo guardar. Quando Deus fala sobre guardar ele não está mandando que simplesmente memorizemos suas palavras. Se formos ao dicionário procurar os significados de guardar encontraremos entre eles observar, não infringir e cumprir. Então o segundo passo para o arrependimento é a ação de cumprir a vontade de Deus mesmo sem se sentir arrependido, já que de acordo com o versículo o arrependimento vem depois de lembrar o que tem recebido e ouvido de Deus e depois de guardar tudo isso, guardar mesmo que não se sinta arrependido e ainda esteja com vontade de permanecer no caminho que Deus desaprova.
Mas aí a gente pode se perguntar: E os meus sentimentos como ficam? E a questão da motivação? Bem, depois que provamos algo que é o melhor sempre nos entristecemos pelo fato de termos perdido tempo no que era apenas bom não é verdade? Com a nossa vida o mecanismo é esse mesmo! Quando provamos o melhor de Deus nos entristecemos por viver as coisas boas que o mundo oferece. Em 2Coríntios 7:2 a está escrito: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende”. Agora sim, ficou muito claro não é mesmo?! A ordem na verdade é Conhecer o melhor de Deus, guardar esse melhor, e isso implica em nos observarmos e mudarmos de atitude, e só assim virá a tristeza segundo Deus que gera arrependimento para a salvação! E a questão da motivação também fica resolvida à medida que mudamos para agradar a Deus mesmo contrariando a nossa vontade!
Deus está pronto para nos ensinar e perdoar mas ele respeita a nossa decisão e espera pela nossa atitude. Por quanto tempo vamos deixá-lo esperando?

Obediência

Estive lembrando de várias vezes que Deus prometeu coisas a nós, a seu povo escolhido, mas em contrapartida queria que fizéssemos algo em troca como quando Ele diz: “Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.” (I Reis 11:38). Mas será que a intenção de Deus seria nos “comprar”? Em troca de obediência Ele nos abençoaria? Mas onde estaria a sua infinita graça? Essas são questões que podem ser suscitadas a partir dessa observação.
Mas se formos mais além na intenção de Deus com respeito a nossa obediência poderemos entender sua maravilhosa graça manifesta a nós através dos seus mandamentos e instruções de como proceder. Vamos pensar um pouco na questão da obediência. Se prestarmos bastante atenção, perceberemos que na nossa relação com nossos pais na infância sempre que eles nos mandam fazer algo ou ordenam que não façamos alguma coisa, por trás disso há (ou deveria haver) uma atitude pedagógica com a intenção de nos ensinar algo ou nos proteger de algo. Exemplo: “Filho, antes de atravessar a rua você tem que olhar para os dois lados.” A consequência da desobediência poderia ocasionar um atropelamento.
Agora vamos observar um pouco a motivação da nossa obediência. Se sabemos que haverá um castigo e essa é a nossa motivação para obedecer, só obedeceremos quando estivermos sendo observados, certo? Então o risco de um atropelamento ainda é grande, certo? Mas se entendemos o motivo pelo qual devemos obedecer àquela ordem e temos a noção real do perigo que corremos sempre obedeceremos em qualquer circunstância. Só que nem sempre saberemos a motivação da ordem nem pra que ela vai nos servir, então qual seria a motivação para obedecer? Na verdade, essa seria a boa e real motivação da nossa obediência a Deus, seria a confiança. Quando sabemos que qualquer ordem vinda do Pai do céu tem uma finalidade agradável, mesmo que não seja tão agradável acatá-la, temos total confiança de que é através da obediência a essas ordens que cresceremos e poderemos desfrutar de uma boa existência.
Então a real motivação e preocupação de Deus em pedir de nós obediência, fato que fica bem claro no texto de Jeremias 35 quando ele fala da fidelidade dos recabitas “As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos não bebessem vinho, foram guardadas; pois, até ao dia de hoje, não beberam; antes, obedecem às ordens de seu pai; a mim, porém, que, começando de madrugada, vos tenho falado, não me obedecestes.” (Jeremias 35:14) é de nos ensinar a confiar nele para que nossa alma e espírito possam estar descansados nEle. A graça de Deus é suficiente e basta para satisfazer todas as nossas necessidades, e é isso que Deus quer que entendamos através da obediência, que na verdade é um ato de confiança no próprio Deus.
E o mais interessante e maravilhoso de tudo isso é que quando confiamos em Deus estamos mostrando aos outros que Ele é confiável e bom, isto é, quando obedecemos, damos um bom testemunho às outras pessoas que buscam conhecer a esse maravilhoso Deus que enche nossa vida de paz e não precisamos insistir para que elas queiram conhecê-lo. Aí se cumpre a palavra que está em Jeremias 31 quando Deus transforma o lamento do seu povo em júbilo. “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei. Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome.” (Jeremias 31:33-35).
Que o Senhor nos dê a cada dia a motivação certa para o obedecermos e seja manifesto aos outros através das nossas vidas.

Viver por fé

Diversas vezes vemos na bíblia versículos que falam a respeito da fé, ouvimos nas congregações muitas mensagens sobre fé, até sabemos defini-la, mas por vezes ela parece algo grandioso demais para nós, para nossa realidade. Nós muitas vezes podemos até imaginar transportar os montes com a palavra que sai da nossa boca como descreve Mateus 17:20b “se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e ele passará. Nada vos será impossível.”; mas isso muitas vezes nos parece tão distante.
Pode parecer distante porque olhamos apenas para as coisas que parecem grandiosas aos nossos olhos e não exercitamos a nossa fé nas coisas do dia-a-dia porque parecem simples e pequenas demais. A fé não pode ser como uma meta a ser alcançada pela igreja (por nós), mas precisa ser um real fundamento sobre o qual suas conquistas são edificadas.
Muitas vezes só temos a definição da fé, mas não a compreendemos. É interessante, para compreendermos melhor falarmos da fé em três aspectos:
1. Vislumbrar o plano de Deus.
Precisamos estar atentos aos planos de Deus, e vermos através de seus olhos o que Ele tem reservado para o futuro. Esse primeiro aspecto pode ser gerado através uma necessidade, nos momentos de luta, quando passamos por um deserto, ou, simplesmente, quando estamos tão sedentos por fazer a vontade do Pai que o buscamos para saber quais são os seus planos e como podemos fazer parte disso. Temos vários exemplos claros de pessoas que vislumbraram o plano de Deus para suas vidas na bíblia, como Abraão, quando recebeu de Deus a revelação que seria pai de grande nação; Noé, quando Deus disse que mandaria um dilúvio sobre a terra; os enfermos que procuravam Jesus porque viam nele a cura. Mas a fé não se resume ao plano ou a ter consciência desse plano.
2. Acreditar que o plano de Deus se cumprirá e que temos parte nisso.
“Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção dos fatos que se não vêem.” (Hebreus 11:11). Não basta apenas esperar pensando que talvez aconteça. Se Deus disse Ele é fiel para cumprir. Não crer nas promessas de Deus é o mesmo que o chamarmos de mentiroso, mas “Deus não é homem, para que minta, nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou tendo falado, não o cumprirá? (Números 23:19). Só podemos crer verdadeiramente em Deus quando tivermos um relacionamento íntimo com Ele, então veremos todas essas verdades e seremos livres do medo e da desconfiança que nos aprisionam e paralisam. E crer, como todas as coisas de Deus é uma escolha entre o sim e o não. Não dá para crer parcialmente, existe apenas o crer e o não crer, não há meio-termo. Mas vislumbrar e acreditar ainda não são a plenitude da fé.
3. Agir para que o plano de Deus seja cumprido.
Deus não nos criou para sermos meros espectadores das suas maravilhas, mas desde o início Ele delegou a nós funções para que tenhamos a honra de participar do seu grandioso propósito. Desde a criação Ele já nos deus responsabilidades. “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a, dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra.” (Gênesis 1:28). O outro aspecto da fé que sempre esquecemos são as obras, mas a própria bíblia diz que: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.” (Tiago 2:17). Muitas vezes não temos conquistado o Reino porque a nossa fé está morta, e a causa da morte não é a falta de crença, mas é a falta de ação. Precisamos criar planos de ação e nos esforçar, porque “Desde os tempos de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.” (Mateus 11:12). Quando começamos a agir de acordo com a visão de Deus, por fé, fazemos proezas, e proezas não são inatingíveis para nós. Fazer proezas significa tomar os recursos que temos e criar novos recursos, ou levá-los a um novo nível de plenitude. Portanto a fé para fazer proezas está totalmente ao nosso alcance, só precisamos agir. E aqui fica o convite de Deus a todos nós: Vamos usar a fé, que é dom de Deus dado a nós gratuitamente para fazer proezas e cumprir o chamado de Deus pra nós na terra?!

Manifestação de bondade

Quando ouvimos qualquer coisa sobre manifestar a bondade de Deus, a maioria de nós já se encaixa automaticamente no perfil, principalmente nós cristãos sempre nos achamos bons por acharmos que não fazemos coisas que prejudiquem as pessoas. Mas ultimamente tenho percebido que muitas vezes nós, na intenção de fazer algo bom acabamos por atrapalhar a vida das pessoas, e ao invés de levarmos elas a ter um encontro com Deus e comunhão com os irmãos em Cristo, as afugentamos da nossa presença.
Não sei se algum de vocês já prestou atenção em alguns pregadores que passam horas falando dos pecados das pessoas e as acusando de não fazerem o que é reto diante de Deus, anunciam que a única forma de escapar do “fogo eterno” é aceitando Jesus e indo a uma de nossas igrejas. Prestemos bastante atenção em como essa pessoa se sente, vamos nos colocar no lugar de uma delas. É uma pessoa que tem sofrido com inúmeras dificuldades, questiona por vezes onde está o problema, se sente fraca e impotente. Daí vem uma pessoa e diz que ela está errada, em pecado, suja diante de Deus;logo tudo o que está acontecendo é culpa dela mesmo que ela esteja tentando acertar. Que Deus é esse que não vê com misericórdia uma pessoa que sofre, que está perdida? O problema é de Deus mesmo? Ou somos nós, que como mensageiros o estamos mostrando assim? O que Deus acha disso tudo?São muitas as perguntas que tenho feito, mas Deus tem me dado muitas respostas, outras creio que são pessoais e Ele as dará a cada um em seu coração.
Primeiramente é importante observarmos que “a boca fala do que o coração está cheio” (Mateus 12:34b), então se estamos apontando os erros dos outros, dizendo: fulaninho roubou a mãe, isso é um absurdo; olha aquela outra se prostituindo; olha na televisão aquelas moças que dançam quase sem roupa no carnaval... todos sem um pingo de vergonha! Vão tudo pro inferno!
E o nosso coração não dói por causa disso! Não temos chorado e orado por essas pessoas é porque nosso coração está cheio de julgamento, fato que nos torna meros religiosos, aqueles que se acham donos da verdade. A gente acaba esquecendo que como diz na palavra, ele nos deu vida “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...mas Deus sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo,_ pela graça sois salvos, e, juntamente com ele nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.” (Efésios 2:1-6). Então se Deus, que é santo e justo nos amou e por causa de sua graça fomos salvos porque o mesmo não aconteceria com as outras pessoas?
Quando Jesus esteve na terra ele disse: “Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.” (João 12:47). Se o próprio Jesus, filho de Deus não se colocou em posição de julgar mas veio à terra manifestar a graça e o amor de Deus morrendo em nosso lugar, para que fossemos perdoados de toda acusação quem nos dá o direito de achar que sabemos quem merece ou não alguma coisa da parte de Deus.
Se nós quisermos mesmo cumprir a missão para a qual Deus nos trouxe a esta terra temos que começar a ter atitudes de amor, porque o amor não é sentimento que provoca ação, mas é uma decisão! Precisamos escolher amar as pessoas e manifestar a bondade de Deus para com elas, só assim elas poderão ver a Deus e ter uma imagem correta dele e assim se achegar. Sejamos agentes de Deus nesta terra, porque o plano que Deus tem é lindo e Ele nos deu a honra de participar dele. E não podemos esquecer que a justiça de Deus não é a nossa justiça e só cabe a Ele julgar a todos nós no seu tempo determinado.

“Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os arrancarei. Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.” (Jeremias 24:6-7).

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sentido

São tantas coisas acontecendo ultimamente, tudo tão rápido, todos tão atarefados, tão cansados, não concorda? E o mais interessante disso tudo é que nunca na história da humanidade houve tanta tecnologia com a finalidade de tornar a vida mais prática e menos trabalhosa, e outro ponto interessante é a crescente insatisfação das pessoas em relação às suas vidas apesar de estarem fazendo tantas coisas que inclusive, são muito boas. Como entender tal fenômeno?
Vamos pensar com um pouco mais de profundidade na questão. Sim, fazemos muitas coisas, mas com qual objetivo? Nós temos um objetivo? Pronto! Não precisa muito esforço para chegarmos ao “X” da questão! Na realidade qual meu objetivo? O que pretendo conquistar? Ao fim da minha vida o que vai fazer todo o sentido? Essas são questões muito profundas que atormentam as mentes humanas a muito tempo. Mas o que a bíblia diz a respeito disso?
Para começar vamos ao início de tudo. No livro de Gênesis é relatada a criação do mundo, quando lemos essa história vem logo a nossa mente que Deus terminou completamente a obra, sozinho, não é mesmo? Porém se observarmos bem ele criou a natureza e no último dia fez o homem e deu a ele uma tarefa, completar o processo de criação, podemos ver isso quando ele diz em Gênesis 2:4-5 “Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou.Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo.” Deus, desde o princípio já tinha um plano para o homem e para cada um de nós Ele deu uma função específica e juntamente com ela todas as ferramentas necessárias para exercê-la. Então a partir da certeza de que nossas vidas tem uma função específica nessa terra por que temos feito tantas coisas que não tem nada a ver com o plano original?
Primeiramente é necessário que façamos uma avaliação. Quais as ferramentas que possuo? Quais são as minhas habilidades, potencialidades, paixões? Com que tipo de ferramenta Deus me equipou? É através dessa observação que encontraremos nosso objetivo, e partir do momento que descobrirmos temos que dizer “SIM” para ele. Mas dizer sim para ele significa dizer não para muitas outras coisas já que toda escolha implica em ganhos e perdas.
Quando temos um objetivo definido nossa vida ganha o tão valorizado sentido! Sim, isso é muito bom! Contudo o mundo oferece mil e uma possibilidades e oportunidades e vemos isso como algo muito bom não é mesmo?! Isso é na verdade um grande perigo porque podemos nos perder nas milhões de oportunidades e possibilidades e tirar o foco do objetivo! Ouvi uma história muito interessante que mostra o perigo de tantas oportunidades, vou contar-lhes:Certo dia um garoto e seu pai estava caminhando na praia e pelo caminho o garoto apanhava vários pedacinhos de conchas que estavam na areia. Apesar de não estarem inteiros eram lindos os pedaços de concha com suas cores e formatos diferentes. Mais adiante eles viram no mar uma enorme estrela-do-mar flutuando, linda! O garoto olhou para seu pai com aquele olhar de “Aquela estrela é minha!” e correu em direção ao mar para pegá-la, mas quando estava se aproximando dela voltou. Seu pai disse: Vá meu filho! O que te impede? Ela é sua! Vá pegar! Então o garoto se volta novamente para o mar em busca da sua enorme estrela, mas quando chega bem perto desiste e volta para a praia. Seu pai sem entender perguntou: Filho porque você não pegou a estrela? Estava tão perto! Ao passo que o filho respondeu: Pai não consegui porque minhas mãos estavam cheias de conchas!
Quantas vezes deixamos de cumprir os propósitos da nossa vida porque nossas mãos estão cheias de pedaços de concha? Gastamos nossa energia com tantas coisas e permanecemos frustrados. Quando estamos nos perdendo no caminho fatigamos nosso corpo dando voltas e voltas e nunca chegamos a lugar nenhum, mas quando permanecemos no foco sem nos importarmos com as expectativas das pessoas a nosso respeito fazemos coisas grandiosas como o próprio Jesus fez! Ele veio a terra com um objetivo bem definido e jamais se desviou dele e suas ações permanecem fazendo diferença na eternidade, a minha vida e a sua são conseqüência da vida de Jesus e da sua obra. Ele em trinta e três anos fez uma divisão no tempo, mudou o mundo, porque tinha um objetivo e foi fiel a ele até o fim.
Deus nos criou para viver plenamente seu propósito, não como se fossemos robôs pré-programados, mas nos dando a oportunidade de fazer parte do processo de criação da sua obra-prima! Nossa tarefa é descobrir nossa função, dizer SIM para ela e NÃO para as distrações no caminho.
“Eis A Fórmula Da felicidade: Um Sim, Um Não, Uma Linha Reta, Uma Meta... “Nietzsche