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quarta-feira, 19 de maio de 2010

A felicidade

Nossa sociedade prega modelos de felicidade, a felicidade de shopping center, ou de propaganda de margarina e ainda o felizes para sempre dos casais de contos de fadas. Observando a minha vida vi que ela não se encaixa completamente em nenhum desses padrões, mas existem muitos momentos de alegria baseados neles, por exemplo: as vezes tenho a oportunidade de sair,viajar, ir ao cinema, comer em um lugar legal, ir a umas festinhas e outras coisinhas mais, isso tudo faz parte da felicidade shopping center, que só o dinheiro pode comprar, pelo menos é isso que parece, é um conceito de felicidade da sociedade hipermoderna totalmente baseado consumo de produtos e serviços. Não vou dizer que consumir não dá prazer, porque é óbvio que dá, são tantas as coisas que queremos e é tão bom quando conseguimos ter o que almejamos, mas essa “felicidade” acaba com ou sem o dinheiro pois os produtos e serviços só podem suprir necessidades externas, podem preencher o vazio de uma casa mas não de quem mora nessa casa. E é por isso que nunca poderemos ser felizes se baseamos nossa vida nesse conceito de felicidade, o que podemos ter no máximo são momentos de alegria.

Existe também a felicidade propaganda de margarina, baseada em uma família unida e feliz, com vizinhos ótimos e uma casa confortável. Ela parece bem mais bonitinha não é, baseada em união de pessoas em momentos de confraternização... o único problema é que ela reflete uma realidade utópica e quem busca esse tipo de felicidade sempre acaba se frustarando porque nem sempre os dias são bons, e por causa desse conceito fica bem mais complicado aceitar que os dias difíceis tem um propósito, que cada problema que temos pela frente serve para nosso crescimento. Quando baseamos a nossa felicidade nesses momentos, tudo tem que ser perfeito, sentimos a necessidade de sermos amados e aceitos por todas as pessoas, mas isso nunca acontece, e o resultado é sempre frustração. É claro que uma família unida e estar rodeado de pessoas que nos amam é muito bom e inclusive agradável aos olhos de Deus, como diz Salmos 133:1 “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.” Mas o máximo que esse modelo pode nos oferecer são momentos de alegria muito significativos.

Além desses conceitos também existe a felicidade baseada no amor conjugal. Muitas pessoas buscam o amor da sua vida, aquela pessoa que o complete, como se duas pessoas incompletas pudessem se completar e serem felizes para sempre. Assim com a “felicidade” do tipo propaganda de margarina esse modelo parece bonzinho mas também reflete uma realidade utópica da não existência dos problemas e conflitos. É claro que é importante encontrar uma pessoa para andar junto, para dividir, mas é exigir demais de alguém que nos complete, e é extamente essa exigência que não pode ser suprida que acaba com muitos relacionamentos trazendo sofrimento e frustração. A vida conjugal também traz muitos momentos de alegria sim, isso é inegável, pode perguntar a qualquer casal, mas também tem suas tensões e isso também é inegável.

Mas então qual seria o modelo de felicidade? Lendo o livro de Habacuque encontrei para a minha vida o conceito de felicidade, e me fez tão bem descobrir isso que quero dividí-lo com vocês. No capítulo 2, versos 19 a 19 diz o seguinte: “ Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angustia, que virá contra o povo que nos acomete. Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corsa, e me faz andar altaneiramente.” Então a felicidade não significa somente uma soma de momentos de alegria, mas é uma decisão de esperar no Senhor, esperar no sentido de colocar toda a esperança nEle. A Sua voz nos comove, ouví-lo faz cremos porque: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17) e quando cremos verdadeiramente nas suas promessas não há absolutamente nada que nos abale porque temos certeza da Sua fidelidade. Quando nos alegramos em Deus no dia da angústia, na esperança que Ele irá nos salvar de qualquer situação temos pés como os da corsa e andamos em lugares altos, pois quando andamos em lugares altos tudo o que está em baixo parece pequeno, os problemas gigantes, as tensões da vida, os obstáculos no caminho, tudo isso se torna pequeno porque andamos em lugares altos. Então é isso!!! Fomos escolhidos por Deus para andar em lugares altos! Para sermos felizes em qualquer circunstância!!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ser amigo de Deus

Quando cultuamos a Deus Ele sempre fala conosco de uma forma especial e diferente! Ontem fui cultuar a Deus na igreja, junto com a congregação, e como sempre acontece o Pai falou ao meu coração de uma forma muito especial, através de uma música cantada durante o louvor. A letra da música dizia: "I am a friend of God. He calls me friend.", que traduzindo significa: "Eu sou amigo de Deus. Ele me chama de amigo." É muito bom ouvirmos e podermos declarar que somos amigos de Deus porque amizade é um relacionamento íntimo muito agradável do qual todos nós somos necessitados, mas Jesus nos revela uma outra dimensão do ser amigo de Deus. Enquanto eu cantava essa canção veio à minha mente o texto que está escrito em João 15:15 "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer."

Esse versículo me fez compreender o anterior, João 15:14, que diz "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando." e vários outras passagens bíblicas. Vou explicar! Já faz algum tempo que tenho lido o antigo testamento, livros como Ezequiel, Daniel. Oséias, Joel, Amós Obadias, Jonas e atualmente estou lendo Miquéias e em todos eles vejo Deus revelando aos profetas as misérias das nações e também do seu próprio povo afim de que eles intercedessem pelo povo e alertassem sobre o juízo de Deus. E sabe o que tenho visto? Hoje com a mídia, globalização e trânsito livre de informações, todas as misérias são reveladas a nós, como Deus fazia naquela época através de seus profetas, mas há uma diferença... nós não temos sentido a dor do coração de Deus por essas pessoas, essas notícias todas passam por nós como simples informações, nós não temos orado pelos desabrigado, pelos famintos, pelos injustiçados, pelos órfãos, pelos doentes, pelos que choram; nós não temos nos movido em direção a eles para ajudá-los; a igreja de Cristo na terra, independente de denominação, falo de todos nós como Cristãos, não temos dado abrigo aos desabrigados mesmo que alguns de nós tenham várias casas, não temos alimentado os famintos mesmo jogando comida fora todos os dias, não temos feito justiça aos injustiçados mesmo tendo esse poder em determinadas ocasiões, não temos adotado órfãos por causa de preconceitos, não temos nos importado com os doentes que as vezes só precisam de quem esteja com eles na hora da dor, e não consolamos os que choram por ter coisas "mais importantes" a fazer.

Será que realmente somos amigos de Deus? Será que temos conhecido o que está em seu coração? Quando conhecemos o Pai, somos amigos de Deus e fazemos o que Ele manda porque compartilhamos dos mesmos anseios. Que essa palavra de Jesus sobre ser amigo de Deus cumpra seu propósito em nossas vidas e que sejamos verdadeiros amigos de Deus para tornar esse mundo um lugar melhor mesmo em meio a todas as aflições, porque Deus, que é nosso Pai tem cuidado de nós! Jesus disse: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33) Ele venceu o mundo, esse sistema cruel e egoista que nos rege, indo na direção contrária, mostando o amor e a misericórdia de Deus. Assim como ele, temos todas as ferramentas, então, mãos a obra!