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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Obra

Ultimamente, lendo o livro de Mateus tenho compreendido muito sobre fazer a obra que Deus designou para mim, e creio que isso serve para cada um de nós. Com base no fato de que tudo tem um propósito e que Deus criou cada um de nós para uma tarefa específica e nos deu todas as ferramentas para a cumprirmos como está escrito em Isaías 49:5 “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque sou glorificado perante o Senhor, meu Deus é a minha força.”, podemos concluir que nossas qualidades, e talentos identificam quem somos em Deus e qual é a nossa função.
Em Mateus 11 vemos que João reconhece que Jesus é aquele a quem ele anunciava pelas suas obras. “Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.” (Mateus 11: 2-5) Jesus nem precisou dizer quem ele era mas suas obras já o revelaram. Assim como conhecemos uma árvore por seus frutos, as pessoas sabem quem somos pelo modo como vivemos e pelo que fazemos. “Pelos seus frutos os conhecereis.” (Mateus 7:16A).
Deus nos chamou para participar do seu grande plano, isso é uma grande honra mas não é uma tarefa fácil. Não podemos nos enganar dizendo que a partir do momento que decidimos seguir e obedecer a Deus nossa vida não terá dificuldades já que o próprio Deus fala das adversidades pelas quais passam os seus servos, mas Ele também dá todas as instruções para que possamos vencê-las e além de tudo está conosco e nunca nos desamparará. “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas; por minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.” (Mateus 10:16-20).
Mas apesar das lutas e dificuldades há uma boa notícia em relação ao nosso chamado. Quando cumprimos o propósito temos paz e fazer a obra não é um peso porque Jesus não veio colocar em nós um fardo, mas veio para aliviar o peso, para que não mais carregássemos peso já que é o Espírito do Pai que fala em nós e não precisamos nos preocupar com nada na hora de fazer a obra a não ser obedecer a Deus. E Jesus nos convida a ir até ele e tirarmos esses fardos de sobre nós nos entregando em dependência total ao Pai assim como ele fez. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30).
Parece um paradoxo, mas é o que Deus quer de nós, que cumpramos a carreira para a qual Ele mesmo nos designou descansando nEle, e isso será testemunho diante dos homens e não será um peso para nós.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Culto

Geralmente aos domingos muitos de nós dizemos ou ouvimos: “A que bom! Hoje vou ao culto receber uma palavra de Deus!” Isso soa tão natural não é mesmo! Mas durante alguns meses essa coisa tão natural entre quem freqüenta igrejas, seja elas quais forem e de qualquer religião tem me incomodado de forma estupenda. Esse é o real sentido do culto?
Voltemo-nos novamente para o nosso amigo dicionário. A palavra culto designa a forma pela qual prestamos uma homenagem a Deus; veneração; respeito; amor intenso. Agora vamos ao que estava escrito muito antes do dicionário, à verdade da palavra de Deus. Desde que o homem foi feito o primeiro tabernáculo nos tempos de Moisés a finalidade dele era achegar o povo a Deus para oferecer sacrifícios. Em Êxodo 29:42-46 está escrito: “Este será o holocausto continuo por vossas gerações, à porta da tenda da congregação, perante o Senhor, onde vos encontrarei, para falar contigo ali. E ali virei aos filhos de Israel, para que por minha glória sejam santificados, e santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio.E habitarei no meio dos filhos de Israel, e lhes serei o seu Deus. E saberão que eu sou o Senhor seu Deus, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles. Eu sou o Senhor seu Deus.” O objetivo primeiro do tabernáculo era oferecer sacrifícios a Deus para ser santificados por sua glória.
É engraçado que quando vamos às nossas congregações nem lembramos de sacrifícios, queremos mesmo é ir lá para ouvir uma palavra que vá saciar a nossa fome. Não que eu seja contra ouvir a palavra de Deus nas igrejas, até porque Deus também queria que o povo fosse ao tabernáculo para falar com ele como está escrito em êxodo. O que acontece é que só nos lembramos da parte “boa” por assim dizer, vamos só para receber, quando saímos de casa muitas vezes nossos corações não estão ansiosos para oferecer sacrifício a Deus, para oferecer o melhor louvor mesmo que não cantemos tão bem, para oferecer a maior atenção porque afinal de contas, Ele é digno. Precisamos tomar muito cuidado para não irmos aos cultos adorar a nós mesmos querendo que Deus nos sirva, que Ele nos diga que somos dignos de alguma coisa, ou buscando as respostas das nossas orações.
O único que é digno de receber toda a honra é o Senhor, talvez nossa maneira de ver os culto precisa mudar um pouco. Não dá para cultuar a Deus com a intenção de receber bênçãos, ou uma palavra, ou uma resposta porque o culto é prestar homenagem, oferecer sacrifício, é ser a resposta de Deus. Devemos nos prepara para o culto nos perguntando o que ofereceremos como sacrifício a Deus, o que Ele quer de nós naquela ocasião “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”(Romanos 12:1).
Antes de Jesus o povo não podia acessar o lugar da presença de Deus no templo, mas Jesus veio para mudar essa realidade, com a sua morte “E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mateus 27:51). Agora temos livre acesso à presença de Deus, podemos contemplar toda a sua glória e beleza se assim quisermos para o adorar e oferecer sacrifícios. Quem de nós seria digno se acessar a presença de Deus exigindo que Ele nos sirva? Isso não seria um culto a Deus, mas um culto a nós mesmos como se Deus tivesse alguma obrigação de nos abençoar. Quando entendermos que vamos ao culto dar a Deus nosso melhor nossa vida também muda, porque depois do sacrifício de Jesus a presença de Deus não ficou presa a uma parte do templo, mas está agora nos corações de qualquer um que o receber, agora nós somos o tabernáculo, então indo ou não a um lugar onde a igreja se reúne podemos oferecer nossos corpos como sacrifício vivo a Deus, podemos ouvir sua voz e ter um relacionamento íntimo com Ele porque Jesus veio revelar o Pai “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” (João 15:15)